domingo, 7 de agosto de 2011

Tempo.

   O erro foi achar que ir para outra cidade não mudaria tantas coisas. Como se eu já não soubesse que estaria errado, mudaram aqueles que diziam se importar, querer te abraçar, te tocar, ou simplesmente te ver passar. Essas vontades passaram, estão no passado. Por sorrir mesmo que quando sua alma desfazia-se, pois quem controlava as cordas presas a seu corpo, mera marionete, só queria brincar. Estou no passado. Em seu passado.aa

   Cá estou na porta de sua casa, novamente. Não me sustento mais em apenas ouvir sua voz enquanto olho uma foto sua, agora eu quero mais. Reviro minhas memórias como se fossem páginas de um livro antigo, parece que a página que procuro parece nunca chegar, até que chega… o final do livro. Uma auto-proteção criada pelo meu organismo: Esquecer-te. Mas queria ser o seu presente. Continuo na sua porta. Errante em seu presente.

   Futuro? Quem disse que nós temos? Eu quis, um dia. Já não quero mais sofrer em vão, é tolice acreditar. Fui tolo, admito com dor. Mas admito com a dor de quem não sofrerá novamente pelas mãos do titereiro, sua marionete cortou as cordas e criou vida. Agora corre para a vida, foge de sua vida como títere. Vejo futuro, mas não estamos juntos.

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