terça-feira, 30 de novembro de 2010

   Por um bom tempo pensei em que escrever, e nesse tempo me surgiram ideias, dessas ideias eu comecei a pensar no porque eu escrevo. Foi então que surgiu o reconhecimento pelo tempo utilizado nessa engrenagem chamada Culpe-me. Obrigado.

   O assunto me foge à cabeça no momento de expressar o que eu passo, porém, é a falta do que me acontece a causa da minha culpa no distanciamento das teclas pressionadas durante a formação de pensamentos escritos. Mas no que falar quando o assunto escapa por entre nossos pensamentos? Estava na minha cara o tempo inteiro, entretanto, não o enxerguei.

   Assuntar a falta de assunto. Quem nunca passou por isso?Culpa46 A vontade de continuar aquela conversa para que não esfriasse o clima, o comentário que poderia reerguer um momento, a atenção que você quer dar, porém não quer dizer idiotices. Mas então uma dúvida permaneceu latejando no meu pensamento: Idiotices nem sempre são coisas ruins, podem nos fazer rir nos momentos mais desanimados, tristes, angustiantes. E o que é mais idiota do que dizer sobre não dizer. A idiotice em que eu queria ser profissional, em não perder o fio da meada, em não deixar a peteca cair. Mas como diz a música O Maior Idiota do Mundo (Banda Tópaz): “Quem iria apostar / que aquele cara sem graça / Iria conseguir revidar / o fato de ser especialista em nada e tudo que envolve falhar”. Falhar em conversas é uma dádiva, espero conquistar o dom de perder dádivas.

   Recomendações de um idiota que falha logo após um oi.

Não gostou? Culpe-me.

sábado, 6 de novembro de 2010

Distância

   Uma palavra que, quando dita, traz tristeza, angústia, fé, mágoa, enfim, trás sentimento. Queria saber quem nunca sentiu saudade de algo, de alguém que mesmo sem conhecer pessoalmente, te alegra. Mas será que a distância só traz sentimentos ruins? Bom, eu acho que não.

   Onde todos enxergam apenas o lado ruim, eu olho pelo lado bom da distância. Acredite, existe um lado bom nessa palavra que, muitas vezes, nos fez derramar lágrimas, suspirar, e apenas nos fez imaginar como seria se... como seria.Culpa14 2

   Percebo que a distância é a magia, é o acabamento que faltava para deixar tudo maravilhoso. É ela que faz a saudade aumentar mais rapida e intensamente. É ela que me faz imaginar que nada seria do jeito que é se ela não existisse. Pois eu imagino como seria se eu fosse vizinho de porta daquela pessoa que já é indispensável a conversa, o simples “cheguei”, o “oi’. A pessoa que, mesmo longe, te alegra. A pessoa que, mesmo longe, te desaponta. A pessoa que, mesmo longe, te adora. São pessoas que se tornam especiais justamente por estarem longe e te compreenderem da mesma maneira se elas estivessem ao seu lado, vendo seu rosto, seu choramingo, sua expressão.

   Conheci muitas pessoas por essa droga chamada internet, também conheci muitas pessoas por essa droga chamada vida real. Se quem conheci virtualmente for do jeito que demonstra ser diante de uma tela, eu gostaria de conhecê-las pessoalmente. Um dia, quem sabe. As pessoas tendem a ser mais sociáveis na internet (quer um exemplo? eu.), porém, inevitavelmente, as comparo com as pessoas com quem eu vejo, falo, sinto, e esse é um erro. Só então me dou conta que as pessoas são diferentes, mas eu não sou. Sou sempre o mesmo. Então são elas que manterão a distância de mim, e não eu delas.

   Amigos virtuais se importam. Amigos virtuais te entendem. Amigos virtuais são amigos. Amigos virtuais existem. Claro que é um tanto quanto injusto não falar que o número de pessoas que utilizam internet, a quantidade de pessoas virtuais é muito maior do que o número de pessoas que você tem contato diariamente. Não posso ser hipócrita em dizer que é mais fácil te conhecerem melhor por conversas às cegas do que ao seu lado, isso contradiria o fato de falar, ouvir, entonar, sentir, olhar. Mas o resultado de tudo é positivo, sempre é dependendo do seu ponto de vista. Qual é o meu? Esse.

 

Não gostou? Culpe-me.