segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Lamentações

   Todo cuidado é pouco diante dessa consequência que nos é apresentada não importando o momento, o qual é, na maioria das vezes, é o mais importuno. Uma importunidade criada da esperança e da confiança, ambos conquistados apenas por um conjunto de símbolos, de modo popular: Palavras. Palavras trocadas na mais pura ingenuidade.

   Em um mundo em que a comunicação é vital, a ingenuidade é, por uma questão de sobrevivência, esquecida. Porém, age no subconsciente humano. Age no meu consciente.

Culpa21   Assuntos que apenas me remetiam fracassos e perdas, hoje me lembram algo a mais, a lamentação. Assuntos que me doem ainda mais se, simplesmente, tocados, falados, recordados.

   Lamentar é poder dizer como seria, é chorar por alguém, é saber o real e imaginar o, pelo menos o que foi, irreal. Mas e se nada fosse lamentado, tudo seria perfeiro, resultando em uma mudança de monotonia de soberba felicidade para uma rotina altamente suicida.

   Quando os “poréns” são colocados em frente dos nossos olhos, percebe-se que nossas lamentações não têm uma base, um fundamento, um você. Pois ao “perdermos” alguém, inicia-se uma busca pelo sentimento realizado, tentar encontrar o conforto que possibilite o cessar das lamentações. Não lamente se você tentou e falhou, lamente se você desistiu, ou nem ao menos tentou.

Não gostou? Culpe-me.

Um comentário:

  1. Lamentar... Nem sempre sabemos se devemos lamentar ou não... Às vezes, aquilo de que nos lamentamos é, na verdade, combustível para o nosso próximo sucesso! É difícil jugar corretamente todos os fatos que nos acontecem. Ou todos os fatos que nós fazemos acontecer. Mas certamente devemos olhar para todos eles com a esperteza de quem já viveu um tempo razoável, deixando boa parte da ingenuidade de lado, sem, contudo, perder a emoção da análise bem feita...

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