sábado, 26 de março de 2011

O Auge do Meu Egoísmo

   Eu sempre fui um cara daqueles que ajudava todo mundo. Tinha muitos amigos, e por eles tudo fazia. Porém, sempre gostei de ter alguns momentos só para mim. Para poder colocar em dia minha paz de espírito, refletir. Jamais negava ajuda, companhia, o que fosse que precisassem, sempre estava eu ali, apto a ajudar.PICD3.tmp

   Mas aqueles meus tão necessários momentos de solidão, faziam de mim perante as pessoas que eu amava, um cara egoísta. Meus momentos de reflexão para eles não passavam de egoísmo. E assim fui sendo deixado de lado. Me deixaram para trás porque eu precisava de mim mesmo. E na minha solidão imposta, veio a depressão. Não tinha mais a quem recorrer. Eu, que sempre havia ajudado e feito companhia a quem precisasse, hoje estava aqui. Solitário. Isolado. Só!

   E foi então que me senti ainda mais inútil. Minha depressão já havia tomado conta de mim. Não havia mais o que fazer.Foi então que transformei o vidro em pó. Sim, fiz do vidro o pó que me alimentaria dentro de algumas horas. Ingeri o pó de vidro. Passaram algumas horas e eu não me aguentava mais de dor. Meus órgãos estavam todos perfurados, corroídos, arranhados pelo vidro.

   Não havia mais o que fazer.

   No auge da minha solidão egoísta. Meu calibre 38 resolveu se fazer presente. Com um único disparo. Tornei-me egoísta. Sim, resolvi aceitar o meu egoísmo e acabar com tudo aquilo.

   Um tiro. E o provei pra mim mesmo o quanto era egoísta! Tirando de mim que única coisa que eu ainda possuía.

Por: Edward Anrzejewski Junior

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