…de uma criança que em apenas uma palavra, significava tudo o que ela precisava: “Coragem”. Que envolta de problemas, discussões, brigas, já não sabia mais para onde correr. Não sabia mais a quem recorrer. Então, como um espasmo, sua boca se abriu durante um momento de mudança, de renovação, de tristeza e alegria, de passado e futuro, para dizer “Dai-me coragem.”.
…que não foi atendido. Que por mais que quisesse acreditar que algo maior existisse, nada mudou. A criança tímida cresceu, tudo que não é físico permaneceu igual. Desolador o olhar infantil, que carece de algo e não conseguimos dar. Cabisbaixo, fraco, monstro. Monstro social, que sozinha sempre esteve… menos mal. Criança crescida que afasta quem um dia disse se importar, que a exemplo de seus pais, irmãos, amigos, fugiram. A qual já gostou tanto de alguém que arriscou, mas a coragem não existia dentro da mesma. Aquela criança que um dia cresceu, lutou, agarrou com unhas e dentes quem dizia se importar, hoje está virada para a parede, de costas à porta, de costas à janela. Apenas esperando o destino final de seu ônibus, com a sua passagem só de ida já destacada.
…simples de uma criança ingênua, que hoje luta para que nunca se apeguem à ela, pois o sofrimento é indubitável. Para uns menos, para outros mais, criança.
…em vão.
A criança que quer cuidar de tudo, e não se deixa ser cuidada. Mas que, talvez, no fundo, só precise de mais um pouco de atenção.
ResponderExcluirCoitada criança.
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